Recentemente, conforme estimativas, a população mundial atingiu a marca de 7 bilhões de pessoas. A cada segundo, 5 seres humanos nascem em todo o mundo, totalizando, portanto, 432.000 habitantes a mais por dia. Tais números são, no mínimo, preocupantes. Nos últimos dias, a indagação maior foi se haverá alimento para os mencionados 7 bilhões. A meu ver, a questão deveria ser outra: a Terra suportará tantos humanos?
Afinal, nossa presença no planeta (equivalente a 2 minutos se a idade da Terra fosse resumida em 365 dias) se assemelha a de um parasita, o qual exaure todos os recursos de seu hospedeiro, até levá-lo à morte. Tanto é assim que a comunidade científica, especialmente os geólogos, cogitam instituir uma nova era geológica, denominada Antropoceno, atrelada aos impactos ambientais causados pelo homem. Em outras palavras, seremos equiparados ao meteoro que extinguiu os dinossauros. E não é à toa.
Por dia, uma pessoa produz aproximadamente 5 quilos de lixo. No Brasil são gerados, diariamente, 240.000 toneladas de lixo. 90% de aludida quantia é destinada a aterros sanitários. Até quando será possível empurrar nossa sujeira para debaixo do tapete?
Infelizmente, a reciclagem no país limita-se às latas de alumínio, da qual somos recordistas mundiais, em razão de necessidade financeira de muitos catadores, não da conscientização ecológica. Com efeito, a reciclagem brasileira de papéis, plásticos e vidro, materiais altamente poluentes e amplamente utilizados, é pífia.
É sempre oportuno lembrar: 50 quilos de papel reciclado poupa uma árvore; 50 quilos de alumínio reciclado evita a extração de 5 toneladas de bauxita; 1 quilo de vidro reciclado gerará outro quilo de vidro, economizando muita energia. Ademais, uma garrafa de vidro ou plástico pode demorar até 1 milhão de anos para se decompor.
Há inúmeras maneiras de mitigarmos o dano ambiental decorrente das atividades humanas. Algumas são conhecidas, embora sejam pouco aplicadas. Evitar o desperdício de água e energia, por exemplo. Outras não são tão divulgadas, porém basta pesquisar sobre o assunto para obter alternativas simples e/ou novas condutas. Calibrar os pneus dos veículos semanalmente, por exemplo, reduz o consumo de combustível.
Não adianta reclamar da inércia estatal e/ou empresarial. Façamos a nossa parte! Se informe e notará que não é difícil ajudar. Pequenas contribuições multiplicadas fazem toda a diferença. Requer alguma disciplina e perseverança adotar novos comportamentos, entretanto, em pouco tempo, tornar-se-ão hábitos. Propague a ideia entre amigos e familiares.
Parafraseando Luís Vaz de Camões, brilhante poeta que em sua época assinalava que “navegar é preciso”, enfrentamos um novo limiar: “ecologizar” é preciso. Ou adotamos posturas ecologicamente corretas, ou então a Terra efetivará as providências necessárias para o equilíbrio natural. E o final não será feliz para nós. O homo sapiens precisa da Terra, porém a recíproca não é verdadeira.
Nosso planeta tem nos alertado por meio de diversos sinais. Já passou da hora de prestarmos atenção. Se não o faremos por consciência ao meio ambiente e às demais espécies, façamos por um ato primitivo, instintivo e um tanto egoísta: a autopreservação.
E não esqueça de reciclar este texto. Agradeço desde já!
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