domingo, 24 de agosto de 2014

Não há destino (Bruno Momesso Bertolo)

 
"É o meu destino!". Eis uma frase utilizada com frequência, em pleno Século XXI, para justificar fracassos e/ou percalços, seja na vida pessoal, seja na profissional.

Você pode lidar (ou arriscar-se ao menos) com as discussões familiares, os problemas laborais, as dificuldades financeiras e o advento de doenças, ou pode (tentar, pois não conseguirá) se esquivar delas. O comodismo, a letargia e a complacência, ainda que inconscientes e não-deliberadas, são escolhas. A dor e o sofrimento são ensinamentos, porém não precisam ser um carma ou fado. Ninguém nasce para ser infeliz, muito pelo contrário.

Neste ponto, urge mencionar um exemplo notável, Thomas Alva Edison, um dos mais importantes (quiçá o expoente) inventores e cientista da História, responsável por 2.332 patentes, dentre as quais se destacam a lâmpada incandescente, o fonógrafo, o cinematógrafo e o gramofone.

Certa vez, durante uma entrevista, foi perguntado qual era o sentimento por ele ter falhado 25 mil (isso mesmo!) vezes na tentativa de criar uma bateria. A resposta foi incisiva: "Não sei por que você acha que foi um fracasso. Hoje eu conheço 25 mil maneiras de como não fazer uma bateria". Em outra ocasião, nova indagação, acerca das 2 mil tentativas frustradas ao inventar a lâmpada: "Eu não falhei nem uma vez. Inventei a lâmpada incandescente, só que foi um processo com 2 mil etapas".

Thomas Edison, aliás, é autor de uma esclarecedora citação sobre o assunto: "Muitos dos fracassos da vida ocorrem com as pessoas que não reconheceram o quão próximas estavam do sucesso quando desistiram". Se porventura Edison optasse pela desistência, acreditando que era seu destino não ser bem sucedido, indubitavelmente o processo tecnológico teria sido retardado, algumas invenções talvez até não existissem.

Idêntico procedimento aplica-se às nossas vidas. Temos o livre-arbítrio para mudar o que desejarmos, por mais difícil e impossível que pareça. Grandes jornadas e conquistas começam com o passo inicial. E, ainda que não seja bem sucedido em seu anseio, a luta em si é muito mais importante. A inércia não é (nunca foi e nunca será) instrumento de modificação.

Faça o seu destino! Enfrente os obstáculos, dialogue,procure alternativas, tome decisões, mude radicalmente, improvise, recomece etc. Em outras palavras: seja atuante e o condutor de sua existência. Nunca desista e batalhe sempre! A felicidade estará mais próxima do que imagina.