“A experiência ensinou-me que o silêncio faz parte da disciplina espiritual de um seguidor da verdade. A tendência a exagerar, a eliminar ou modificar a verdade, consciente ou inconscientemente, é uma fraqueza natural do homem. Para vencê-la é necessário o silêncio. Um homem de poucas palavras dificilmente será leviano nas suas conversas: medirá as palavras”.
“Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não estão bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio”.
“Odeio o privilégio e o monopólio. Para mim, tudo o que não pode ser dividido com as multidões é tabu”.
“Não posso imaginar uma época em que nenhum homem seja mais rico que o outro. Mas imagino uma época em que os ricos terão vergonha de enriquecer à custa dos pobres e os pobres deixarão de invejar os ricos. Nem no mundo mais perfeito conseguiremos evitar as desigualdades, mas podemos e devemos evitar a luta e o rancor. Já temos agora muitos exemplos de ricos e pobres que vivem em perfeita harmonia. Devemos só multiplicar esses exemplos”.
“Não creio que os capitalistas e donos de terras sejam todos exploradores por necessidade intrínseca ou por existir um antagonismo irreconciliável entre os interesses deles e os interesses das massas. Toda a exploração tem como base colaboração, voluntária ou forçada, do explorado. Embora nos repugne admiti-lo, a verdade é que não existiria exploração se as pessoas se negassem a obedecer ao explorador. Mas eis que intervém o interesse, e abraçamos os cadeados que nos atam. Isso deve terminar. A grande necessidade não está em acabar com os capitalistas e os proprietários de terras, mas em transformar numa coisa mais pura e sã as relações existentes entre eles e as massas”.
“A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar, se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal leva à anarquia. Todos os Estados reprimem a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência”.
“A verdadeira fonte dos direitos é o dever. Se cumprimos os nossos deveres, não precisamos ir longe procurar os direitos. Se não cumprimos os deveres e buscamos os direitos, estes nos fugirão como quimeras. Quanto mais lhes corremos atrás, tanto mais eles se afastam”.
“Acredito na essencial unidade do homem, e portanto na unidade de todo o que vive. Por conseguinte, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida”.
“Uma civilização é julgada pelo tratamento que dispensa às minorias”.
“Não desejo morrer pela parálise progressiva das minhas faculdades, como um homem vencido. A bala de um assassino poderia pôr fim à minha vida. Acolhê-la-ia com alegria”.
“Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo”.
“Um ideal custa uma vida, mas vale a eternidade”.
“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita”.
“O meu patriotismo não é exclusivo. Engloba tudo. Eu repudiaria o patriotismo que procurasse apoio na miséria ou na exploração de outras nações. O patriotismo que eu concebo não vale nada se não se conciliar sempre, sem exceções, com o maior bem e a paz de toda a humanidade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário