O homem profano não sai do plano horizontal, que se apresenta sob inumeráveis formas – dinheiro, política, prazeres, ambição, comércio, indústria, ciência, arte, filantropia, organização social; joga com fatores meramente quantitativos, de superfície, em que ele vê o “real”, e até a própria “Realidade”, e por isso se considera ele um “realista”; real, solidamente real, é para ele tudo que é objetivo, quantitativo, o que se pode ver, ouvir, tanger, pesar, medir, numerar, tudo que tem forma e cor; irreal é para o profano o resto, o mundo da qualidade, não sujeito a tempo e espaço. Mas, como há certas conveniências e convenções que mandam crer nesse mundo da qualidade intangível, tolera o chamado “realista” os “idealismos” dos que se ocupam com essas coisas “irreais”, hasteia a bandeira da fé à fachada do edifício maciço do seu materialismo; e à sombra dessa bandeira do além realiza ele os interesses do aquém.
Se esse homem soubesse que ele é um grande “irrealista”, e que os chamados “idealistas” é que são os genuínos “realistas”!...
A mais decisiva e arrasadora descoberta que um homem pode fazer na vida presente é convencer-se experiencialmente de que o mundo horizontal, objetivo, das quantidades tangíveis, é um mundo feito de outros tantos zeros – ao passo que o mundo vertical, subjetivo, da qualidade, é com o algarismo “1”, que representa um valor autônomo, e possui, além disso, o estranho poder de valorizar os zeros que se colocarem à sua direita: 1.000.000; mas se colocarmos esses mesmos zeros à esquerda do valor autônomo “1”, este vai perdendo parte do seu valor: 000.000.1.
O homem profano é tão míope ou cego que passa a vida inteira colecionando zeros e, quando acumulou milhões desses lindos zeros, pequenos ou grandes, então se julga seguro, embora não desista jamais de aumentar o seu museu de nulidades, por sinal que não crê na sua segurança.
Desistir dessa alucinante política de “zeros” e abraçar a gloriosa sabedoria do grande “Um” – com ou sem zeros – é esse o passo decisivo na vida de todo homem terrestre; e é aqui que está a invisível linha divisória entre as duas humanidades que habitam este globo: a humanidade profana dos insipientes e a humanidade sagrada dos sapientes.
O primeiro passo para essa suprema sapiência é a mística, que consiste na intuição do valor do “1” espiritual e na subseqüente fuga de todos os “000” das materialidades circunjacentes, às quais a sociedade dá incessante caça e em cujo nome são cometidos os maiores crimes.
Se esse homem soubesse que ele é um grande “irrealista”, e que os chamados “idealistas” é que são os genuínos “realistas”!...
A mais decisiva e arrasadora descoberta que um homem pode fazer na vida presente é convencer-se experiencialmente de que o mundo horizontal, objetivo, das quantidades tangíveis, é um mundo feito de outros tantos zeros – ao passo que o mundo vertical, subjetivo, da qualidade, é com o algarismo “1”, que representa um valor autônomo, e possui, além disso, o estranho poder de valorizar os zeros que se colocarem à sua direita: 1.000.000; mas se colocarmos esses mesmos zeros à esquerda do valor autônomo “1”, este vai perdendo parte do seu valor: 000.000.1.
O homem profano é tão míope ou cego que passa a vida inteira colecionando zeros e, quando acumulou milhões desses lindos zeros, pequenos ou grandes, então se julga seguro, embora não desista jamais de aumentar o seu museu de nulidades, por sinal que não crê na sua segurança.
Desistir dessa alucinante política de “zeros” e abraçar a gloriosa sabedoria do grande “Um” – com ou sem zeros – é esse o passo decisivo na vida de todo homem terrestre; e é aqui que está a invisível linha divisória entre as duas humanidades que habitam este globo: a humanidade profana dos insipientes e a humanidade sagrada dos sapientes.
O primeiro passo para essa suprema sapiência é a mística, que consiste na intuição do valor do “1” espiritual e na subseqüente fuga de todos os “000” das materialidades circunjacentes, às quais a sociedade dá incessante caça e em cujo nome são cometidos os maiores crimes.
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